Festival da Cooperativa 3º Milênio reúne mais de 3 mil pessoas
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A cooperativa 3º Milênio realizou, no último sábado (04/10), em Limoeiro, a 22ª edição de seu tradicional festival da música, evento que acontece anualmente e que conta com apresentações de paródias realizadas pelos próprios alunos. Ao todo, 500 estudantes se apresentaram, divididos em cinco grupos, para uma plateia de mais de 3 mil pessoas, que acompanharam a apresentação de temas como inclusão, cordel, história do México e do Japão, entre outros. A iniciativa envolve a atuação de diversos profissionais a exemplo de figurinistas, marceneiros, coreógrafos, movimentando a economia local. Acompanharam as apresentações, a assessora e a analista de Comunicação do Sescoop/PE, Vanessa Souza e Jamily Santos respectivamente.
Buscando garantir a isenção da comissão julgadora, foram convidados jurados que não possuem relação com a cooperativa e que atuam em outras cidades como Surubim e Jaboatão. Os convidados julgaram as apresentações de acordo com os seguintes critérios: paródia, coreografia e criatividade. Participaram do evento, estudantes do ensino fundamental e do ensino médio, que, com o apoio dos professores, criaram as apresentações e mobilizaram o público para acompanhar. As canções foram interpretadas ao vivo também pelos estudantes, sempre contemplando conteúdos vistos em sala de aula.
“O festival representa muito para a nossa equipe porque, além da importância pedagógica, como instituição cooperativista, devolvemos nossa contribuição à sociedade, considerando que o evento movimenta toda a economia local, em especial os profissionais que ficam nos bastidores como figurinistas, coreógrafos, eletricistas, entre outros. A promoção social também está nas parcerias, a exemplo, da orquestra que abre o nosso evento trazendo a participação de crianças em situação de vulnerabilidade. Além disso, trabalhamos fortemente a inclusão, haja vista termos alunos neuroatípicos em nossas apresentações,” afirmou o presidente da cooperativa, Luís Amorim.
Para o jornalista Tadzio Estevão, que atuou como jurado na edição deste ano, o festival pode ser exemplo de inspiração para outros municípios. “Estou muito surpreso por ter encontrado, aqui em Limoeiro, fora da RMR, um festival desse porte. Esse evento traz educação, cultura, arte, cidadania, inclusão, lazer, ou seja, tudo o que envolve o processo pedagógico da criança e do adolescente. A proposta encanta não apenas pelas apresentações, mas pelo que movimenta na cidade, e é um verdadeiro patrimônio de Limoeiro e exemplo para outras cidades. Não se restringe somente à cooperativa. Espero voltar mais vezes, ou como jurado ou como público, porque estou encantado,” afirmou.
Todo o processo do festival, incluindo estrutura e apresentações, foi concluído em dois meses, e os 500 alunos foram divididos em cinco grupos, de acordo com os diferentes ciclos escolares. Os professores acompanharam e participaram de todo o processo junto aos profissionais contratados. As coreografias contaram com movimentos e sincronias que envolveram, simultaneamente, dezenas de alunos. Os figurinos também foram resultado de pesquisa e um espetáculo à parte, que transportou os espectadores a determinadas referências, a exemplo das apresentações sobre Moisés e o Êxodo e os povos nórdicos, japoneses e mexicanos. “Passamos um mês trabalhando e coreografando nossa apresentação, e foi um processo maravilhoso. Apresentamos o tema sobre o México e o público adorou,” afirmou Camille Pio, 15 anos, aluna do primeiro ano do Ensino Médio.